terça-feira, 12 de julho de 2011

Composição



Quero compor e não se formam.
Forço numa teima maior que eu, desafiando o natural do lineamento de onde deveriam surgir.
Não se formam porque são tantas, todas a tentar sair ao mesmo tempo... Atropelam-se e entorpecem-me a mente.

Descobri em mim uma falta de paciência infindável e constante. Tiraram-ma, gastaram-ma? Não sei. Não a tenho comigo, é certo.

Daí que me falte a paciência para continuar a forçar este delineamento que sairia confuso como todos os outros.

Só quero dizer que tentei, é triste.

Mas que culpa tenho eu? Se quero compor mas não se formam?

domingo, 16 de janeiro de 2011

Pensamentos


Vim para longe e vieram comigo...
Nem todos, uns ficaram e ainda bem, não precisava deles onde estou.
Vieram muitos mais, novos.. Mais do que aquilo que esperava.
Hoje percebo que me mostram tanto, e tão pouco de mim.

Que fazem com que me perca e me descubra todos os dias, absorvida em assuntos, passados e futuros...

Percebi há pouco uma das milhares coisas que ainda não tinha descoberto:
Em breve é suposto que eu deixe de procurar verdades absolutas, é suposto que diferentes perspectivas me saciem a curiosidade e me proporcionem equilíbrio... Ainda bem...

Existem em mim já suficientes controvérsias, e se elas tivessem todas uma verdade.... Eu seria nada e tudo...
Assim, esperemos que em breve me consiga ver como qualquer coisa, entra nada e tudo, que de absoluta não tenha nada.

Em maré de descobertas, apercebi me que me abandono e adiciono sempre que necessito.
Acompanho me sempre, mesmo que nem sempre me apeteça, mas nunca acompanho sempre a mesma mente, os mesmos sentimentos, talvez apenas os mesmos valores e algumas opiniões em construção.

Se calhar não me abandono, construo-me.
E nessa construção as vezes preciso de mandar um ou outro tijolo fora, e substituir por outro... O que ainda não aprendi a fazer foi a tapar buracos, falhas, continuam mais ou menos encobertas, mas permanecem... sempre.

Não estou perdida agora, mas não me encontrei... Talvez porque não ando à minha procura.
Apenas me acompanho, e espero o resultado desta recente construção...
Espero impaciente a adição de novos sentimentos, novas opiniões, as tais novas perspectivas...

E num misto de pensamentos egocêntricos me vou, mas estes ainda bem que vieram...
Preciso deles onde estou.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

(un) nexo.




Mil e uma ideias passaram

passaram mil e um textos pra escrever

escrever mil e um temas

mil e um temas que passaram.


então de tanto tema nenhum sobra, de nenhum sei falar em concreto.

em concreto também não o saberia.


Então ponho e desponho palavras abusando da falta de coerencia e do grau de compreensão.


tanto mudou, tanto que igual continua.

tanto de feliz, tanto de triste.

tanto de cheia, tanto de vazia.

tanto de só, tanto de acompanhada.


ai....

deixo apenas o que resume 3 meses de ausência:


Parabéns,

Obrigada,

Saudades,

Calor,

nostalgia,

borboletas e ansiedades,

até já,

amo-te,

é tarde,

vá lá,

está quase,

surpresa...

terça-feira, 4 de maio de 2010

Loirinha.



Catarina. disse...
''É hoje, é hoje o dia que a tal 'Catarina' vai dizer realmente o que pensa de ti.


Numa frase certa e curta como se fizesse parte de um pacote de açucar amarelo, da Nicola 'A Joana é uma sonhadora, ora com as asas soltas, ora com os pés na terra, um dia ela voará mais alto que os sonhos e correrá além dos medos.


Hoje pode ser o dia'Agora numa versão mais elaborada tal qual resposta de frequência de psic. social:


Acredito que acabas sempre por dar o teu melhor nas gargalhadas espontâneas, e que um dia o olhar do teu amor de filme, vai cruzar-se com o teu jeito de rir com a cabeça inclinada pra trás.


A tua definição encontra-se algures entre o que finges que não vês, o quanto cresces e aprendes. Exiges o melhor, definitivamente, isso dá-se porque acreditas em ti como merecedora.


Tens quase sempre manias, ou que sabes, ou que de todo não sabes!!


E sabes escrever. E eu gosto.


E é sempre por entre as linhas que escreves e as atitudes que tomas que vou encontrando a definição de Joana, não é pouca, nem pequena.És diferente, e especial.


Afinal, não somos todos?! E podes ser forte também.Tens necessidades fortes, porque isso faz de ti forte, faz-te acreditar.


E vou contar-te um segredo que toda a gente sabe x) Nós, humanos, nós, mulheres, especialmente, nunca estamos satisfeitas com nada.


Porque somos incríveis e em constante desenvolvimento e era preciso q o mundo estivesse um passo á frente pra nos satisfazer.


Então sonha que és capaz, e que foges deste teu lugar e quando perceberes já evoluís-te para outro lugar e não tives-te medo, nem ficas-te presa a ele.


Epah... Só não compreendo a necessidade de uma filha Beatriz.


Ainda se fosse Leonor ou Alice!!


Por entre as formas que vais tomando, daqui a pouco encontras o contorno perfeito onde te encaixas, mas vais continuar a achar que poderias ser doutra maneira, mais de um tom quente ou frio, consoante a estação lá fora.


E eu, gosto de ti com os filmes que fazemos e sem esforço.''

Gostavas do número 7.
Não encontro 7 razões para o que fizeste.
Não encontro 7 razões pra não adorar este texto.
Não encontro 7 razões que me expliquem.
Não te encontro a ti há 7 meses.
(k)
Fazes falta.

sábado, 17 de abril de 2010

Tempo



''Um dia o tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem, o tempo respondeu ao tempo que o tempo tem quanto tempo o tempo tem...''


E enquanto há tempo achamos que há tudo.

Enquanto os dias correm achamos que é garantido o amanha.

O que sentimos hoje voltaremos a sentir, o que não fizemos faremos mais tarde, o que não dissemos dizemos pra semana.


Mas e quando sabemos que o tempo escasseia? Quando não sabemos se haverá amanha?

O que não sentimos fica por sentir

O que não fizemos fica por fazer e

O que não dissemos fica por dizer

não se iludam.


Toda a hora que passa é menos uma... Ou mais uma?


E toda a gente tem uma palavra a dizer nestas alturas.

Toda a gente sabe como é.

Já sentiu, já esteve na mesma posição.

Toda a gente tenta fazer da espera algo não-tão-mau.


E eu oiço mas não assimilo.

Vejo mas não decoro

Falo mas não digo nada.

Não penso, não sinto, espero...


E talvez não vejam na minha cara,

nem na minha voz

mas talvez no meu olhar

que a espera me apavora e me devora não deixando nada..

Nada, se não o tempo.


E descrevo o que sinto,

mas não sinto o que descrevo.

Porque a única coisa que está em mim neste momento...




é o tempo.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Olha para mim.




Pediste,
que eu olhasse nesses imensos olhos e que me perdesse.
Eu perco-me em cada recanto, em cada sorriso.. não é preciso muito.
Mas.. e quando eu me perder em ti?
Achas me?
Não me largues a mão,
mantém me do lado quente.
Só quero esse lado...
O mundo pára e tu só pedes que olhe para ti.

Não importa mais nada.
As horas passam não as sinto, as pessoas falam não as oiço. Vidro em ti.
Não se explica, não se compreende e nem se devia pensar.
Sente-se.
Sinto
Sentes
Sentimos.
Apenas este três tempos interessam.

Uma ânsia imensa em viver e sentir atropelam me..
E os meus pés trocam-se, a minha boca fecha e o meu olhar desvia-se.
''o querer deste meu corpo vai sempre parar ao mar''

Querer explicar-te e não conseguir,
querer que me (te) expliques..
Querer que não haja explicação.

Não vivo bem sem a verdade,
não vivo bem no abstracto.

Afasta tudo de mim,
Repele os medos, quem me persegue.
Rouba-me só para ti...
Sou eu que peço!


Mas olha...
Olha para mim...
Não me largues depois a mão, sim?

domingo, 31 de janeiro de 2010

talvez o ultimo, talvez não.

Já não me lembrava do quão submersa estavas.
No teu estado emaranhado de sonhos, amor e loucura.
Num amor tão cego, que sempre o achei demente.

Nua e exposta.
Ferida que rasga e corrói.

Não me lembrava já da única razão pela qual respiravas.
Não me lembrava da intensidade com que a sorvias, da necessidade de sempre mais.

Não fiquei a perceber.

Fiquei mais esquecida.
Esqueci me que essa intensidade e elocuencia me irritavam.
Esqueci me que me esqueci que me assustava.

Ultrapassas te o amor, a paixão...
Nadas-te sozinha para longe, faltou-te o pé.

Só queria saber se enquanto te afogavas não gritaste, não pediste ajuda...
Queria saber se apenas desististe.

E depois de saber a resposta pergunto,
como é que te afogaste perdida de amores?

Onde estava o TEU respirar?

123.
12.