quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Chega

Chega
Chega de ilusão
Chega de ti.
Cansas-me.
Massacras-me.
Fazes me mal.
Estou cheia de ti... Transbordo por todos os lados, já.
Parei no tempo, por ti.
Pelo teu tempo.
Mas nada, só recebo nada, só vejo nada.
Chega!
Não podes!
Não quero!
Não podes apoderar-te de mim,
não podes deixar me ganhar o jogo e depois tirar me todas as
cartas!
Fiquei sem vazas, sem Reis sem Ases.
E tu?
Tu não paraste no tempo.
Tu não transbordas de mim,
tu nem te iludes comigo.
Deixas me uma luz, e vais embora quando não queres mais.
As vezes consegues ser tão tu, outras vezes...
Chega(-te a mim).
Chegas?

sábado, 6 de dezembro de 2008

Não é Fácil

Não é fácil, não pensar em você
Não é fácil, é estranho
Não te contar meus planos, não te encontrar...
Todo dia de manhã enquanto eu tomo o meu café amargo
É, ainda boto fé de um dia te ter ao meu lado
Na verdade, eu preciso aprender
Não é fácil, não é fácil
Onde você anda, onde está você?
Toda a vez que eu saio me preparo para talvez te ver
Na verdade eu preciso esquecer
Não é fácil, não é fácil
Todo dia de manhã enquanto eu tomo o meu café amargo
É, ainda boto fé de um dia te ter ao meu lado
O que eu faço? O que eu posso fazer?
Não é fácil, não é fácil
Se você quisesse ia ser tão legal
Acho que eu seria mais feliz do que qualquer mortal
Na verdade não consigo esquecer
Não é fácil, é estranho


quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Puzzle? Não sei.

Lá estavas tu á minha espera no comboio.


Mas eu não sei... Há algo que nao bate certo, há um sentimento que não encaixa.
Será que perdi alguma peça do puzzle?
Será que o tempo me levou a peça do puzzle?
Sabes, eu acho que és tu que a tens, porque é que não ma dás?

Eu queria o nosso puzzle terminado, sem mais falhas, sem peças postas á força.
O nosso puzzle é um horizonte. Eu sei que é, mas não sei bem qual é a peça que falta. És tu?
Não sei.
E agora puseste me a dizer não sei, o que tu me fazes.
O que é que tu queres de mim? O que queres em troca?

Espera, tu queres me a mim?

Hoje não nos percebo, não nos sinto, não nos entendo.

Pára de estar longe, pára de não estar comigo, pára...

Eu quero acabar o nosso puzzle tu não?

Quero acabar o nosso puzzle para podermos ver o horizonte, só os dois...

Ah, mas eu não sei!

domingo, 30 de novembro de 2008

Meras brisas raras

Ponho uma musica triste
e penso como sao raras as tuas brisas
ès uma brisa, sim.
Uma brisa que me invade e me deixa desnorteada
Uma brisa que me faz querer mais e me deixa na sede.

Quero um toque, nao quero uma brisa
Quero um beijo, quero um sentimento, quero tanto um beijo.

''São meras brisas raras''
Porque raras?
Dá me mais, eu quero mais!
Quero?

Um cheiro, uma miragem, um pensamento, uma memória...
Pára!
Eu quero tocar!
Quero um corpo, uma boca, uma mão na minha!

Está tanto frio lá fora...
A tua brisa já só e gelada.



Mas tu tens uma brisa quente, eu sei que tens...

Dá-ma, vá lá.

domingo, 16 de novembro de 2008

Ausência

Odeio o tempo.
Só uso o tempo quando eu sou dispensável.
Não dependo dele para nada , e não acredito que ele nos traga respostas sem o nosso menor esforço.
Acaba por trazer um esquecimento e uma ausencia que por mais que doam se entranham.
''primeiro estranha-se depois entranha-se''
Depois de entranhado é dificil, por isso para o tempo. Sim, é possivel parar o tempo.
Mesmo que só por um bocadinho se esse bocadinho mudar tudo.
E eu so precisava que o tempo parasse 3 segundos e que usassem metade de um bocadinho para mudar a minha vida.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Sonho

Um dia vais estar a minha espera na estação do comboio
Um dia acordo com uma mensagem tua a dar me os bons dias
Um dia não vou ter de esperar mais
Não me vais dizer mais que não sabes, vais dar me todas as certezas do mundo, responder me a todas as perguntas e concluir que foi tudo um erro e que me queres como nunca.
Um dia vais deixar de estar longe, vais deixar de me querer longe.
Ganhas coragem e contas me tudo e somos felizes.
Voltamos a beber aguas de amora, voltamos a passear no castelo, voltamos á esplanada, voltamos a falar ate de madrugada, voltamos...
Aí já te posso dar a mão, já não sonho com um beijo...
Mas esse medo, esse não sei, esse ... Ganham me sempre. Jogam me ao chão.
Eu levanto me, tu nem tentas. Estas melhor deitado.
Então agora ficamos os dois no chão porque eu não me levanto mais. Se quiseres levanta te poe te em pé manda o medo embora e fecha a porta, aí se ainda tiveres força puxa por mim.
Um dia vou deixar de vir aqui escrever porque me vais voltar a fazer feliz e nem me vou mais lembrar disto.
Até la vou sonhando....
Mas se tu não ganhas ao medo eu um dia deixo de querer saber...

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Cada caso é único.
Era única a maneira como eu te via, como tu cheiravas, como nos deixávamos levar.
Lá no fundo o que me mantém a beira d'água é o horizonte, onde se vão afogando as esperanças e as ideias que já não vão tendo fundamento.
Mas quero acreditar, quero e tu não me deixas não acreditar não é?
O que nos ligava era sempre mais forte, deixou de ser?
''Não sei''
Como é não saber? Há coisas que se sabem sempre, a diferença é querer ou não saber.
Sei que nunca te dei tudo o que tinha para dar e quero tanto dar agora, agora pareço portadora de todo o amor do mundo, pareço a pessoa mais apaixonada a face da terra.
Quando é que passa a ser tarde de mais?
Vais deixar chegar o tarde de mais?
Sempre foi estranho, mas eu sempre ouvi o que era mais forte. Se calhar até dei quase tudo mesmo não parecendo.
Estás tão longe, tão intocável. Tão impenetrável.
E queres mas não me deixas chegar a ti.
Se eu falar de saudades não levas como sinal de fraqueza?
Como é possível não ter saudades?
Como é possível não sentir a falta da tua sinceridade do momento, do teu toque tão quase doce, da tua luta para que eu fosse aquilo que queria ser para ti.
Mas a saudade não apaga as noites de desamparo, a indiferença, a falta de paciência.
Nunca perdoaste a minha insegurança e eu que só queria confiar em ti.
A maior dor e não lutares por nós, não usares o teu escudo contra tudo isso que te convences que é impossível de ultrapassar.
Não venham dizer que o amor não chega, não venham.
Eu sei, mas não quero. Há sempre alguma coisa, há a vontade.
E eu relembro todas as vezes que quis o fim e que me imaginei sem ti e mudei de ideias.
E relembro aquele primeiro dia, aquele primeiro beijo como se ainda houvesse muito pela frente.
Mas se calhar não há.
È Inverno, sei que o teu nariz está frio, sem que as tuas orelhas estão frias e que as tuas mãos estão geladas como sempre, e tu que sabes ainda de mim?
Voltaste as costas ao que eu nunca fui capaz de virar. Os dias parecem meses e nada muda.
Eu não sei bem, mas esquece o não sei, o medo ou o que quer que seja e vem ver este lado, vem pra mais um Inverno comigo, vem.