domingo, 31 de janeiro de 2010

talvez o ultimo, talvez não.

Já não me lembrava do quão submersa estavas.
No teu estado emaranhado de sonhos, amor e loucura.
Num amor tão cego, que sempre o achei demente.

Nua e exposta.
Ferida que rasga e corrói.

Não me lembrava já da única razão pela qual respiravas.
Não me lembrava da intensidade com que a sorvias, da necessidade de sempre mais.

Não fiquei a perceber.

Fiquei mais esquecida.
Esqueci me que essa intensidade e elocuencia me irritavam.
Esqueci me que me esqueci que me assustava.

Ultrapassas te o amor, a paixão...
Nadas-te sozinha para longe, faltou-te o pé.

Só queria saber se enquanto te afogavas não gritaste, não pediste ajuda...
Queria saber se apenas desististe.

E depois de saber a resposta pergunto,
como é que te afogaste perdida de amores?

Onde estava o TEU respirar?

123.
12.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Que Inverno este.

Amor.
Raiva
Desespero.
Dúvida.


Sinto.
Não percebo.
Vivo?
Diz que sim.

Só me apetece falar de ti, lembrar me de ti.
E que desçam por mim, apetece me e pronto.
É irónico, eu sei, mas sinto a tua falta.
Não posso dizê-lo porque não estive la para ti.
Não ajudei, não impedi.


Sabem quando perdem alguém e passa aquela altura em que podemos chorar, e falar sobre isso?
Passa um tempo e já ninguém espera que falemos mais sobre isso, já passou.


Não passou.
E as vezes apetece me só dizer que ainda estou muito triste a alguém.

Apetece me escrever e fazer com que toda a gente perceba!

Impotência.
Dor,
pena.
Injustiça.

Não sei nem saberei como aliviar-te.
Desculpa.
Perdoa me. Nunca poderia deixar alguém que eu amo tanto passar por isto.
Nunca...
Mas nunca pensei.

Estarei aqui.

(nem sei bem como)

mas prometo.

lágrimas.
aperto.
raiva.